Para onde vai Marina? Para onde vamos nós?

por Rogério Portanova

Creio que os candidatos que passaram ao segundo turno Serra e Dilma não são iguais é obvio, assim como seus partidos tem diferenças de valores, de história e de militantes, porém se aproximam na forma de implementar o que se convencionou chamar de desenvolvimento.

Neste momento, não me interessa o menos mau, nem o que vai implementar sua fúria do progresso a qualquer preço com um discurso mais Verde de ocasião só pra agradar ao eleitor da Marina.

Agora é hora da Marina dizer ao que veio e fincar pé num novo paradigma para a vida política do país, construir uma alternativa ao povo brasileiro e fazer do PV um verdadeiro partido com base nas teses da ecologia política e da sustentabilidade. Lembrar que 4 anos passam rápido e que o Lula levou 12 anos para chegar lá e o Mitterrand na França quase 30.

Eles fizeram história e não concessões, acho que a Marina veio para fazer história, pois o resto tudo ela já fez, foi e teve em política, de vereadora a Ministra.

Vale lembrar que com tudo que a Marina representou, não só na eleição, mas para a vida política nacional, nenhum dos Estados o PV teve percentual similar, ninguém (salvo o RJ e só o Gabeira em aliança com o PSDB, DEM e PPS) esteve próximo da votação da Marina. O PV praticamente ficou com a mesma bancada federal, passando de 13 para 14 ou 15 deputados. Isso me leva a considerar que a onda Marina não foi de fato aproveitada ou não atingiu as bases e o coração dos Verdes em termos de voto, pois temos uma bancada federal semelhante a que elegemos sem Marina há quatro anos atrás, sem candidato presidencial e sem a exposição que o PV teve nesta eleição. Olhando para os mapas eleitorais, justiça seja feita, só SP, seguido de MG tiveram bancadas significativas, inclusive a bancada em SP faz do PV o terceiro partido do Estado à frente de PMDB, DEM, PDT, PSB, etc. Vale o registro e é preciso fazer o devido reconhecimento.

É hora de uma profunda reflexão, arregaçar as mangas e canalizar toda esta enorme energia política no sentido da mudança, da verdadeira revolução democrática e sustentável.

O que fizermos agora, vai ditar os rumos do que seremos no futuro próximo.

Parabéns aos candidatos do PV, a cada militante, simpatizante e ao esforço de cada um

Marina é do Povo e não da Dilma ou do Serra, Marina é um astro de luz própria e não um satélite da carcomida política dos partidos tradicionais e seus candidatos moldados por marketeiros que os pasteurizam.

Coragem não é escolher um lado ou um candidato de forma constrangida e envergonhada, coragem é seguir em frente e não deixar-se seduzir pelo canto das sereias ministeriais. Ter posição não é escolher o menos pior, é continuar a propor e decididamente trabalhar pelo melhor. Não é neutralidade, é tomar posição à frente da esquerda de tantas concessões e a direita quase lunática. Coragem é continuar no caminho de construir o Brasil do futuro. Não é neutralidade, é o contrário, é fazer que os dúbios e vacilantes vejam na firmeza de quem propõe o novo, a verdadeira transformação ética e sustentável rumo a um outro mundo possível para as futuras e presentes gerações.

Marina, siga seu coração, escute a todos que te querem ver um dia Presidente do Brasil; PV siga seu destino de ser um partido diferenciado no século XXI, e que cada eleitor decida pela sua cabeça e de acordo com a sua convicção no segundo turno, sem caça às bruxas ou patrulhamento, pois a melhor nós já escolhemos no primeiro turno.

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