Marina se despede do Senado

A senadora Marina Silva (PV-AC) fez hoje (16/12) seu discurso de despedida do Senado Federal. Ela foi eleita para dois mandatos consecutivos, em 1994 e em 2002. A parlamentar relembrou seu primeiro pronunciamento no Senado, há 16 anos. “Peço a Deus que nos dê sabedoria e humildade para que possamos desenvolver nosso trabalho. Nosso povo deposita esperança neste Senado, esperam vê-lo renovado, ativo, procurando respostas concretas para os problemas que vivenciam. Venho de uma região, posso até dizer, desconhecida e distante, venho de um Estado pequeno, onde conheci a pobreza, a fome, o desemprego, mas cujo povo tem coragem para lutar por seus sonhos”.

Sobre os sonhos atuais Marina disse que, a priori, não vai ficar no lugar de candidata para 2014. “Quero fazer parte de um processo como parte do processo. Quero lutar por um Brasil que seja economicamente próspero e socialmente justo, ambientalmente sustentável e culturalmente diverso. Quero voltar à sociedade como ativista, como professora, não só na questão partidária, mas como mantenedora de utopias”, afirmou.

Marina disse ser uma das responsáveis pelas metas de redução de desmatamento apresentadas pelo Brasil nas cúpulas de Copenhague e de Cancún. Ela afirmou também que “a questão da sustentabilidade ambiental é a utopia desse século e nenhum partido foi capaz de perceber isso, inclusive o PT”.

Em relação a sua candidatura à Presidência da República, a senadora lembrou que assumiu como um desafio, que o Brasil deve ser o País da economia de baixo carbono, da educação que gera oportunidade para todos, da igualdade de oportunidade para todos, livre das desigualdades sociais, que aposta na inclusão produtiva e um exemplo de prosperidade e sustentabilidade ambiental. “Foi com esse compromisso que fomos conversar com os eleitores brasileiros”. Victor Hugo disse uma vez: “Nada é mais potente do que uma ideia cujo tempo chegou”. Mas isso não foi uma pessoa, não fui eu, não foi Guilherme (Leal, seu candidato a vice), não foi o PV, mas é fruto da força da ideia cujo tempo chegou e falou alto para o Brasil”, explicou.

Segundo Marina, as 20 milhões de pessoas que acreditaram nessa ideia decidiram que a economia que se encontra com a ecologia pode produzir riquezas, pode aumentar a produção por ganho de produtividade, pode gerar energia, pode usar o alto carbono para produzir o baixo carbono. “Nós podemos usar os recursos do pré-sal para poder fazer a economia de baixo carbono. Para isso é preciso ter visão estratégica. Para isso é preciso a visão, criar o processo e as novas estruturas para esse mundo em crise, que pode ter na sua crise a grande oportunidade da transformação desse início de século”, acrescentou.

A senadora falou também sobre a opção de independência do seu partido no segundo turno das eleições presidenciais, o que não teve significado de neutralidade. Desejou novamente boa sorte à primeira Presidente eleita mulher, Dilma Rousseff, pedindo que o governo não olhe só para o excesso do que foi feito. “O que foi bem feito mantenha, o que foi errado corrija, mas olhe para o que está faltando e encare.”, finalizou

Veja o discurso de Marina Silva na íntegra: http://migre.me/2ZCMq
Saiba mais aqui: Minha Marina

Eu voto por um Brasil mais verde e limpo

O que o próximo presidente da República fará para garantir um Brasil mais verde e mais limpo? Pergunte ao Serra e à Dilma e aproveite para avisá-los que o desmatamento zero e um plano para ampliar o uso de energia limpa terão peso na sua decisão de voto no 2º turno das eleições presidenciais em 31 de outubro.

Se você vota em um Brasil mais verde e limpo, assine a petição EU VOTO POR UM BRASIL MAIS VERDE E LIMPO e cobre de seus candidatos um posicionamento sobre a proteção do ambiente.

Assine AQUI

Carta Aberta de Marina Silva aos Candidatos à Presidência da República

Carta Aberta aos Candidatos à Presidência da República

São Paulo, 17 de outubro de 2010

Prezada Dilma Roussef,

Prezado José Serra,

Agradeço, inicialmente, a deferência com que ambos me honraram ao manifestar interesse em minha colaboração e a atenção que dispensaram às propostas e ideias contidas na “Agenda para um Brasil Justo e Sustentável” que nós, do Partido Verde, lhes enviamos neste segundo turno das eleições presidenciais de 2010.

Embora seus comentários à Agenda mostrem afinidades importantes com nosso programa, gostaríamos que avançassem em clareza e aprofundamento no que diz respeito aos compromissos. Na verdade, entendemos que somos o veículo para um diálogo de ambos com os eleitores a respeito desses temas. Nesse sentido, mantemo-nos na posição de mediadores, dispostos a continuar colaborando para que esse processo alcance os melhores resultados.

Aos contatos que tivemos e aos documentos que compartilhamos, acrescento esta reflexão, que traz a mesma intenção inicial de minha candidatura: debater o futuro do Brasil.

Quero afirmar que o fato de não ter optado por um alinhamento neste momento não significa neutralidade em relação aos rumos da campanha. Creio mesmo que uma posição de independência, reafirmando ideias e propostas, é a melhor forma de contribuir com o povo brasileiro.

Já disse algumas vezes que me sinto muito feliz por, aos 52 anos, estar na posição de mantenedora de utopias, como os brasileiros que inspiraram minha juventude com valores políticos, humanos, sociais e espirituais. Hoje vejo que utopias não são o horizonte do impossível, mas o impulso que nos dá rumo, a visão que temos, no presente, do que será real e terreno conquistado no futuro.

É com esse compromisso da maturidade pessoal e política e com a tranquilidade dada pelo apreço e respeito que tenho por ambos que ouso lhes dirigir estas palavras.

Quando olhamos retrospectivamente a história republicana do Brasil, vemos que ela é marcada pelo signo da dualidade, expressa sempre pela redução da disputa política ao confronto de duas forças determinadas a tornar hegemônico e excludente o poder de Estado. Republicanos X monarquistas, UDN X PSD, MDB X Arena e, agora, PT X PSDB.

Há que se perguntar por que PT e PSDB estão nessa lista. É uma ironia da História: dois partidos nascidos para afirmar a diversidade da sociedade brasileira, para quebrar a dualidade existente à época de suas formações, se deixaram capturar pela lógica do embate entre si até as últimas consequências.

Ambos, ao rejeitarem o mosaico indistinto representado pelo guardachuva do MDB, enriqueceram o universo político brasileiro criando alternativas democráticas fortes e referendadas por belas histórias pessoais e coletivas de lutas políticas e de ética pública.

Agora, o mergulho desses partidos no pragmatismo da antiga lógica empobrece o horizonte da inadiável mudança política que o país reclama. A agressividade de seu confronto pelo poder sufoca a construção de uma cultura política de paz e o debate de projetos capazes de reconhecer e absorver com naturalidade as diferentes visões, conquistas e contribuições dos diferentes segmentos da sociedade, em nome do bem-comum.

A permanência dessa dualidade destrutiva é característica de um sistema politico que não percebe a gravidade de seu descolamento da sociedade. E que, imerso no seu atraso, não consegue dialogar com novos temas, novas preocupações, novas soluções, novos desafios, novas demandas, especialmente por participação política.

Paradoxalmente, PT e PSDB, duas forças que nasceram inovadoras e ainda guardam a marca de origem na qualidade de seus quadros, são hoje os fiadores desse conservadorismo renitente que coloniza a política e sacrifica qualquer utopia em nome do pragmatismo sem limites.

Esse pragmatismo, que cada um usa como arma, é também a armadilha em que ambos caem e para a qual levam o país. Arma-se o eterno embate das realizações factuais, da guerra de números e estatísticas, da reivindicação exclusivista de autoria quase sempre sustentada em interpretações reducionistas da história.

Na armadilha, prende-se a sociedade brasileira, constrangida a ser apenas torcida quando deveria ser protagonista, a optar por pacotes políticos prontos que pregam a mútua aniquilação.

Entendo, porém, que o primeiro turno de 2010 trouxe uma reação clara a esse estado de coisas, um sinal de seu esgotamento. A votação expressiva no projeto representado por minha candidatura e de Guilherme Leal sinaliza, sem dúvida, o desejo de um fazer político diferente.

Se soubermos aproveitá-la com humildade e sabedoria, a realização do segundo turno, tendo havido um terceiro concorrente com quase 20 milhões de votos, pode contribuir decisivamente para quebrar a dualidade histórica que tanto tem limitado os avanços políticos em nosso país.

Esta etapa eleitoral cria uma oportunidade de inflexão para todos, inclusive ou principalmente para vocês que estão diante da chance de, na Presidência da República, liderar o verdadeiro nascimento republicano do Brasil.

Durante o primeiro turno, quando me perguntavam sobre como iria compor o governo e ter sustentação no Congresso Nacional, sempre dizia que, em bases programáticas, iria governar com os melhores de cada partido. Peço que vejam na votação concedida à candidatura do PV algo que ultrapassa meu nome e que não se deixem levar por análises ligeiras.

Esses votos não são uma soma indistinta de pendores setoriais. Eles configuram, no seu conjunto, um recado político relevante. Entendo-os como expressão de um desejo enraizado no povo brasileiro de sair do enquadramento fatalista que lhe reservaram e escolher outros valores e outros conteúdos para o desenvolvimento nacional.

E quem tentou desqualificar principalmente o voto evangélico que me foi dado, não entendeu que aqueles com quem compartilho os valores da fé cristã evangélica, vão além da identidade espiritual. Sabem que votaram numa proposta fundada na diversidade, com valores capazes de respeitar os diferentes credos, quem crê e quem não crê. E perceberam que procurei respeitar a fé que professo, sem fazer dela uma arma eleitoral.

Os exemplos de cristãos como Martin Luther King e Nelson Mandela e do hindu Mahatma Ghandi mostram que é possível fazer política universal com base em valores religiosos. São inspiração para o mundo. Não há porque discriminar ou estigmatizar convicções religiosas ou a ausência delas quando, mesmo diferentes, nos encontramos na vontade comum de enfrentar as distorções que pervertem o espaço da política. Entre elas, a apropriação material e imaterial indevida daquilo que é público, seja por meio de corrupção ou do apego ao poder e a privilégios; a má utilização de recursos e de instrumentos do Estado; e o boicote ao novo.

Assim, ao contrário de leituras reducionistas, o apoio que recebi dos mais diversos setores da sociedade revela uma diferença fundamental entre optar e escolher. Na opção entre duas coisas précolocadas e excludentes, o cidadão vota “contra” um lado, antes mesmo de ser a favor de outro. Na escolha, dá-se o contrário: o voto se constrói na história, na ampliação da cidadania, na geração de novas alternativas em uma sociedade cada vez mais complexa.

A escolha, agora, estende-se a vocês. É a atitude de vocês, mais que o resultado das urnas, que pode demarcar uma evolução na prática política no Brasil. Podemos permanecer no espaço sombrio da disputa do poder pelo poder ou abrir caminho para a política sustentável que será imprescindível para encarar o grande desafio deste século, que é global e nacional.

Não há mais como se esconder, fechar os olhos ou dar respostas tímidas, insuficientes ou isoladas às crises que convergem para a necessidade de adaptar o mundo à realidade inexorável ditada pelas mudanças climáticas. Não estamos apenas diante de fenômenos da natureza.

O mega fenômeno com o qual temos que lidar é o do encontro da humanidade com os limites de seus modelos de vida e com o grande desafio de mudar. De recriar sua presença no planeta não só por meio de novas tecnologias e medidas operacionais de sobrevivência, mas por um salto civilizatório, de valores.

Não se trata apenas de ter políticas ambientais corretas ou a incentivar os cidadãos a reverem seus hábitos de consumo. É necessária nova mentalidade, novo conceito de desenvolvimento, parâmetros de qualidade de vida com critérios mais complexos do que apenas o acesso crescente a bens materiais.

O novo milênio que se inicia exige mais solidariedade, justiça dentro de cada sociedade e entre os países, menos desperdício e menos egoísmo. Exige novas formas de explorar os recursos naturais, sem esgotá-los ou poluí-los. Exige revisão de padrões de produção e um fortíssimo investimento em tecnologia, ciência e educação.

É esse, em síntese, o sentido do que chamamos de Desenvolvimento Sustentável e que muitos, por desconhecimento ou má-fé, insistem em classificar como mera tentativa de agregar mais alguns cuidados ambientais ao mesmo paradigma vigente, predador de gente e natureza.

É esse mesmo Desenvolvimento Sustentável que não existirá se não estiver na cabeça e no coração dos dirigentes políticos, para que possa se expressar no eixo constitutivo da força vital de governo. Que para ganhar corpo e escala precisa estar entranhado em coragem e determinação de estadista. Que será apenas discurso contraditório se reduzido a ações fragmentadas logo anuladas por outras insustentáveis, emanadas do mesmo governo.

E, finalmente, é esse o Desenvolvimento Sustentável cujos objetivos não se sustentarão se não estiver alicerçado na superação da inaceitável, desumana e antiética desigualdade social. Esta é ainda a marca mais resistente da história brasileira em todos os tempos, em que pesem os inegáveis avanços econômicos dos últimos 16 anos, que nos levaram à estabilidade econômica, e das recentes conquistas sociais que tiraram da linha da pobreza mais de 24 milhões de pessoas e elevaram à classe média cerca de 30 milhões de pessoas.

A sociedade, em sua sábia intuição, está entendendo cada vez mais a dimensão da mudança e o compromisso generoso que ela implica, com o país, com a humanidade e com a vida no Planeta. Os votos que me foram dados podem não refletir essa consciência como formulação conceitual, mas estou certa de que refletem o sentimento de superação de um modelo. E revelam também a convicção de que o grande nó está na política porque é nela que se decide a vida coletiva, se traçam os horizontes, se consolidam valores ou a falta deles.

Essa perspectiva não foi inventada por uma campanha presidencial. Os votos que a consagram estão sendo gestados ao longo dos últimos 30 anos no Brasil, desde que a luta pela reconquista da democracia juntou-se à defesa do meio ambiente e da qualidade de vida nas cidades, no campo e na floresta.

Parte importante da nossa população atualizou seus desafios, desejos e perspectivas no século 21. Mas ainda tem que empreender um esforço enorme e muitas vezes desanimador para ser ouvida por um sistema político arcaico, eleitoreiro, baseado em acordos de cúpula, castrador da energia social que é tão vital para o país quanto todas as energias de que precisamos para o nosso desenvolvimento material.

Estou certa de que estamos no momento ao qual se aplica a frase atribuída a Victor Hugo: “Nada é mais forte do que uma idéia cujo tempo chegou”.

O segundo turno é uma nova chance para todos. Para candidatos e coligações comprometerem-se com propostas e programas que possam sair das urnas legitimados por um vigoroso pacto social entre eleitos e eleitores. Para os cidadãos, que podem pensar mais uma vez e tornar seu voto a expressão de uma exigência maior, de que a manutenção de conquistas alie-se à correção de erros e ao preparo para os novos desafios.

Mesmo sem concorrer, estamos no segundo turno com nosso programa, que reflete as questões aqui colocadas. Esta é a nossa contribuição para que o processo eleitoral transcenda os velhos costumes e acene para a sustentabilidade política que almejamos.

Como disse, ousei trazer a vocês essas reflexões, mas não como formalidade ou encenação política nesta hora tão especial na vida do pais. Foi porque acredito que há terreno fértil para levarmos adiante este diálogo. Sei disso pela relação que mantive com ambos ao longo de nossa trajetória política.

De José Serra guardo a experiência de ter contado com sua solidariedade quando, no Senado, precisei de apoio para aprovar uma inédita linha de crédito para os extrativistas da Amazônia e para criar subsídio para a borracha nativa. Serra dispôs-se a ele mesmo defender em plenário a proposta porque havia o risco de ser rejeitada, caso eu a defendesse.

Com Dilma Roussef, tenho mais de cinco anos de convivência no governo do presidente Lula. E, para além das diferenças que marcaram nossa convivência no governo, essas diferenças não impediram de sua parte uma atitude respeitosa e disposição para a parceria, como aconteceu na elaboração do novo modelo do setor elétrico, na questão do licenciamento ambiental para petróleo e gás e em outras ações conjuntas.

Estou me dirigindo a duas pessoas dignas, com origem no que há de melhor na história política do país, desde a generosidade e desprendimento da luta contra a ditadura na juventude, até a efetividade dos governos de que participaram e participam para levar o país a avanços importantes nas duas últimas décadas.

Por isso me atrevo, seja quem for a assumir a Presidência da República, a chamá-los a liderar o país para além de suas razões pessoais e projetos partidários, trocando o embate por um debate fraterno em nome do Brasil. Sem esconder as divergências, vocês podem transformá-las no conteúdo do diálogo, ao compartilhar idéias e propostas, instaurando na prática uma nova cultura política.

Peço-lhes que reconheçam o dano que a política atrasada impõe ao país e o risco que traz de retrocessos ainda maiores. Principalmente para os avanços econômicos e sociais, que a sociedade brasileira, com justa razão, aprendeu a valorizar e preservar.

Espero que retenham de minha participação na campanha a importância do engajamento dos jovens, adolescentes e crianças, que lhes ofereçam espaço de crescimento e participação. Que acreditem na capacidade dos cidadãos e cidadãs em desejar o novo e mostrar essa vontade por meio do seu voto. Que reconheçam na sociedade brasileira uma sociedade adulta, o que pressupõe que cada eleitor escolha o melhor para si e para o país e o expresse, de forma madura, livre e responsável, sem que seu voto seja considerado propriedade de partidos ou de políticos. Pois, como repeti inúmeras vezes no primeiro turno, o voto não era meu, nem da Dilma, nem do Serra. O voto é e sempre será do eleitor e de sua inalienável liberdade democrática.

Esta é minha contribuição, ao lado das diretrizes de programa de governo que são um retrato do amadurecimento de quase 30 anos de construção do socioambientalistmo no Brasil. Espero que a acolham como ela é dada, com sinceridade. A utopia, mais que sinal de ingenuidade, é mostra de maturidade de um povo cujo olhar eleva-se acima do chão imediato e anseia por líderes capazes de fazer o mesmo.

Que Deus continue guiando nossos caminhos e abençoando nossa rica e generosa nação.

Marina Silva

Agenda por um Brasil Justo e Sustentável

Propostas de Marina Silva e do Partido Verde para os candidatos ao segundo turno da campanha presidencial buscando compromissos programáticos para um Brasil Justo e Sustentável, a construção da governabilidade com base em princípios e valores éticos. As propostas foram elaboradas a partir das Diretrizes para o Programa de Governo da Candidatura de Marina Silva à Presidência da República “Juntos pelo Brasil que Queremos”, aprovadas pela Convenção do Partido Verde e publicadas no dia 10 de junho de 2010, atualizadas e divulgadas em julho de 2010 para discussão aberta com a sociedade na campanha presidencial e com novos aportes recebidos no curso desta.

Temas e Compromissos

1 TRANSPARÊNCIA E ÉTICA
- Não instituição de qualquer mecanismo de tutela ou controle sobre a liberdade de imprensa;
- Transparência das informações sobre execução orçamentária do governo federal disponibilizando na internet dados primários do Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), permitindo o acompanhamento da execução dos contratos e dos processos decisórios
inclusive dos conselhos de governo e agências reguladoras;

2 REFORMA ELEITORAL
- Encaminhamento ao Congresso de reforma política com adoção do voto distrital misto, lista cívica e financiamento público de campanhas.

3 EDUCAÇÃO PARA A SOCIEDADE DO CONHECIMENTO
- Elevação do investimento em educação do setor público para 7% do PIB, priorizando novos investimentos na direção da universalização do acesso à pré-escola e à creche;
- Eliminação do analfabetismo entre jovens de 15 a 30 anos até 2014 e erradicação do analfabetismo até 2018;
- Valorização dos professores da rede pública na sua remuneração, acesso universal a computador e internet, programas de aperfeiçoamento, formação continuada e fóruns democráticos para aprimoramento de currículos e métodos pedagógicos;
- Viabilização, nos primeiros seis meses de governo, da aprovação no Congresso da Lei de Responsabilidade Educacional e a criação do Sistema Nacional de Educação;

4 SEGURANÇA PÚBLICA
- Programa de subsídios à manutenção na escola ou em curso técnico profissionalizante de todos jovens em situação de risco;
- Fundo nacional de segurança para complementar os salários dos policiais civis e militares de forma a garantir sua dedicação exclusiva à segurança pública;
- Encaminhar, no prazo de seis meses, PEC para reforma do modelo policial brasileiro.

5 MUDANÇAS CLIMÁTICAS, ENERGIA E INFRAESTRUTURA
- Agência reguladora independente para a Política Nacional de Mudanças Climáticas;
- Publicação de estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa(GEE) no Brasil e, a cada três anos, seu inventário completo;
- Estabelecimento de indicadores de intensidade de emissões de GEE na economia brasileira com suas metas de redução previstas em Lei, tornando-as obrigatórias;
- Aumento em 10%, até 2014, da participação das energias renováveis na matriz energética brasileira;
- Fim dos leilões de energia para novas termoelétricas movidas a óleo diesel ou carvão mineral;
- Inclusão efetiva da sociedade civil no Conselho Nacional de Política Energética;
- Supressão do IPI sobre fabricação de veículos elétricos e híbridos;
- Estabelecimento de um Plano Nacional Decenal de Infra-estrutura compatível com as metas de redução de emissões de GEE;
- Moratória de novas usinas nucleares ainda não autorizadas pelo Congresso Nacional;
- Criação do Sistema Nacional de Prevenção e Alerta sobre Desastres Naturais, incluindo publicação anual de mapa de áreas vulneráveis a desastres naturais;
- Painel científico independente para monitorar a segurança na exploração do pré-sal;
- Universalização do acesso à banda larga em todo Brasil;
- Plano de geração de empregos verdes na transição para economia de baixo carbono;
- Cumprimento das condicionantes socioambientais em relação ao projeto Belo Monte;

6 SEGURIDADE SOCIAL: SAÚDE, ASSISTÊNCIA SOCIAL E PREVIDÊNCIA
- Comprometimento de 10% do orçamento federal para saúde conforme previsto na emenda 29/2000 e sua regulamentação no Congresso Nacional, em 2011;
- Programa Saúde da Família (PSF) para, pelo menos, 80% da população brasileira, até 2014 com redução de três mil para dois mil do número de pessoas atendidas por cada equipe;
- Carreira para os integrantes do PSF feita de forma solidária entre governos federal, estaduais e municipais;
- Aumento para 75% dos domicílios com acesso à rede de esgoto e pelos menos 50% com tratamento do esgoto coletado, até 2014, com vistas à universalização do serviço até 2020;
- Implantação da rastreabilidade e rotulagem de alimentos transgênicos;
- Programas sociais de terceira geração contemplando a inclusão produtiva como desdobramento dos programas de transferência de renda;

7 PROTEÇÃO DOS BIOMAS BRASILEIROS
- Desmatamento zero de vegetação nativa primária e secundária, em estágio avançado de regeneração, em todos os biomas brasileiros, ressalvadas situações de premente interesse público.
- Veto a propostas de alteração do Código Florestal que reduzam áreas de reserva legal, preservação permanente ou promovam anistia a desmatadores;
- Implementação da meta de 10% dos biomas brasileiros incluídos em unidades de conservação;
- Apresentação de Plano Nacional para Agricultura Sustentável;

8 GASTO PÚBLICO DE CUSTEIO E REFORMA TRIBUTÁRIA
- Limitação da expansão dos gastos de custeio do governo federal à metade do crescimento do PIB;
- Proposta de reforma tributária nos seis primeiros meses de governo contemplando:
. Simplificação e restrição drástica da regressividade dos impostos;
. Informação clara ao consumidor do valor dos impostos na composição dos preços de produtos e serviços que
adquira;
- Revisão da tributação, incentivos e renúncias fiscais de acordo com impacto sobre o meio ambiente e intensidade de emissões de GEE.
- Redução substancial dos cargos comissionados de livre provimento;

9 POLÍTICA EXTERNA
- Política externa orientada pela promoção da paz, liberdade, democracia e respeito aos direitos humanos.

10 FORTALECIMENTO DA DIVERSIDADE SOCIOAMBIENTAL E CULTURAL
- Conclusão da demarcação e homologação das terras indígenas e criação de fundo para apoiar projetos indígenas e das demais populações tradicionais;
- Implementação do Sistema Nacional de Cultura, ampliando seu orçamento promovendo a descentralização dos recursos e das políticas culturais;
- Combate a toda forma de discriminação racial, sexual e religiosa.

Brasil, setembro de 2010

Apear do poder a canalha anti-ambiental

por JTruda*

Acho lastimável não tomarmos posição como Movimento e também, no meu caso de filiado, como Partido.

A Marina tem lá suas razões legítimas para seguir no muro, mas deixar de aproveitar duas oportunidades históricas – a de apear do poder a canalha anti-ambiental criminosa que aí está, e eventualmente a de constituir parte de um governo com compromissos políticos pré-assumidos com a gestão ambiental (coisa que NUNCA aconteceu antes na História desse país, como diria o Bêbado Analfabeto), pra mim é falta de visão de oportunidade.

Precisamos nos mexer pra FAZER algo pelo meio ambiente, de discursos já estou cheio. PV neLLes, Movimento neLLes, vamos tomar posição e mudar pra melhor a História do Brasil.

Abraços,

* JTruda, da Truda Palazzo & Associates

Devemos ter em mente o país que queremos

por Roberto Francine Jr

Caros companheiros, neste segundo turno, devemos politizar as questões, coisa que não foi feita no primeiro.

Fazer apologia ao Serra e saber a bo$#@ que está o estado de SP em relação à Saúde, Educação e questões sociais! É ingenuidade e imprudência. Quem dá aulas no Estado sabe bem do que estou falando.

Fazer apologia à Dilma com todos os problemas que existiram em relação às questões ambientais, corrupção e outras, também é.

Portanto devemos avaliar quem ganha e quem perde com a eleição de cada um destes dois agentes políticos, pois como bem dizem, um deles vai entrar e devemos nos posicionar.

Hoje, o que eu sei é que não voto nos Democratas nem em suas coligações, não quero convalidar com o fortalecimento de forças retrogradas e que apoiaram a ditadura, é uma questão de princípios políticos e ideologia.

Votar na Dilma significa manter a situação atual, votar no Serra é aumentar o poder da direita (DEMOCRATAS) que são mais desenvolvimentistas que os partidos que estão junto do PT (apesar de estar difícil colocar o PT à esquerda...).

Devemos ter em mente que país queremos.

Não podemos votar em pessoas e levando em conta questões pontuais e atuais e sim devemos avaliar questões de macro politica e saber quem ganha (que partidos ganham) com este quadro atual, o segundo turno serve para isso, realinhamento de forças politicas (leia-se partidos e tendências).

Devemos e temos a obrigação moral de discutir as alianças e forças dentro da complexidade de nossa sociedade e não se é Serra ou Dilma que é uma discussão rasteira, personalista e irreal pois ninguém governa sem apoio politico e o jogo da direita e das classes dominantes é de não politizar a população e manipular informações, estamos gatinhando nestas questões e as vezes embarcamos no afã de uma polarização não politizada.

Para quem não acredita que ainda exista direita e esquerda e classes dominantes, posso enviar farta bibliografia a respeito. CUIDADO!

Para onde vai Marina? Para onde vamos nós?

por Rogério Portanova

Creio que os candidatos que passaram ao segundo turno Serra e Dilma não são iguais é obvio, assim como seus partidos tem diferenças de valores, de história e de militantes, porém se aproximam na forma de implementar o que se convencionou chamar de desenvolvimento.

Neste momento, não me interessa o menos mau, nem o que vai implementar sua fúria do progresso a qualquer preço com um discurso mais Verde de ocasião só pra agradar ao eleitor da Marina.

Agora é hora da Marina dizer ao que veio e fincar pé num novo paradigma para a vida política do país, construir uma alternativa ao povo brasileiro e fazer do PV um verdadeiro partido com base nas teses da ecologia política e da sustentabilidade. Lembrar que 4 anos passam rápido e que o Lula levou 12 anos para chegar lá e o Mitterrand na França quase 30.

Eles fizeram história e não concessões, acho que a Marina veio para fazer história, pois o resto tudo ela já fez, foi e teve em política, de vereadora a Ministra.

Vale lembrar que com tudo que a Marina representou, não só na eleição, mas para a vida política nacional, nenhum dos Estados o PV teve percentual similar, ninguém (salvo o RJ e só o Gabeira em aliança com o PSDB, DEM e PPS) esteve próximo da votação da Marina. O PV praticamente ficou com a mesma bancada federal, passando de 13 para 14 ou 15 deputados. Isso me leva a considerar que a onda Marina não foi de fato aproveitada ou não atingiu as bases e o coração dos Verdes em termos de voto, pois temos uma bancada federal semelhante a que elegemos sem Marina há quatro anos atrás, sem candidato presidencial e sem a exposição que o PV teve nesta eleição. Olhando para os mapas eleitorais, justiça seja feita, só SP, seguido de MG tiveram bancadas significativas, inclusive a bancada em SP faz do PV o terceiro partido do Estado à frente de PMDB, DEM, PDT, PSB, etc. Vale o registro e é preciso fazer o devido reconhecimento.

É hora de uma profunda reflexão, arregaçar as mangas e canalizar toda esta enorme energia política no sentido da mudança, da verdadeira revolução democrática e sustentável.

O que fizermos agora, vai ditar os rumos do que seremos no futuro próximo.

Parabéns aos candidatos do PV, a cada militante, simpatizante e ao esforço de cada um

Marina é do Povo e não da Dilma ou do Serra, Marina é um astro de luz própria e não um satélite da carcomida política dos partidos tradicionais e seus candidatos moldados por marketeiros que os pasteurizam.

Coragem não é escolher um lado ou um candidato de forma constrangida e envergonhada, coragem é seguir em frente e não deixar-se seduzir pelo canto das sereias ministeriais. Ter posição não é escolher o menos pior, é continuar a propor e decididamente trabalhar pelo melhor. Não é neutralidade, é tomar posição à frente da esquerda de tantas concessões e a direita quase lunática. Coragem é continuar no caminho de construir o Brasil do futuro. Não é neutralidade, é o contrário, é fazer que os dúbios e vacilantes vejam na firmeza de quem propõe o novo, a verdadeira transformação ética e sustentável rumo a um outro mundo possível para as futuras e presentes gerações.

Marina, siga seu coração, escute a todos que te querem ver um dia Presidente do Brasil; PV siga seu destino de ser um partido diferenciado no século XXI, e que cada eleitor decida pela sua cabeça e de acordo com a sua convicção no segundo turno, sem caça às bruxas ou patrulhamento, pois a melhor nós já escolhemos no primeiro turno.

Permanecer firme em 2014 para que a mudança realmente aconteça

por Leonardo Moraes*

Política se faz com independência e não com alianças que comprometem e desvirtuam um programa político estabelecido em cima de coerência e mudanças de paradigmas.

Nenhum dos dois candidatos que agora se apresentam compartilham do programa defendido pela Marina que, diga-se de passagem, não se esgota em questões ambientais. Embora estejam travestidos de ambientalistas de forma oportunista e demagoga, estes políticos tem ambições para 2014. Não sejamos inocentes em pensar o contrário. Tanto o PT, quanto o PSDB querem apoio, mas nenhum dos dois querem dividir o poder. Ministérios e comissões são negociáveis, mas a cadeira presidencial, não. Então, as opções que se apresentam são duas:

1 - apoiar um candidato e viver na dependência dele;
2 - criar uma independência e, a cada dia, ganhar mais força para chegar em pé de igualdade em 2014.

Embora sejam passíveis de críticas, algumas lições devem ser retiradas do processo político que levou a Marina até aqui. Se eu não me engano, foram 4 pleitos que o Lula buscou chegar a presidência. E neste tempo, o Lula e o PT não foi coadjuvante de ninguém e muito menos abandanou a disputa.

Penso que a Marina deve seguir o mesmo propósito. Permanecer firme em 2014 para que a mudança realmente aconteça.

Abraços,

*Leonardo Moraes é socioambientalista

O voto dos brasileiros deixou clara a necessidade de um PV melhor e maior

por Muriel Saragoussi*

Querida Marina!
Queridos amigos e queridas amigas do Movimento e da Campanha Marina Silva!

Se não posso estar de corpo presente, saibam que estou com vocês de coração e alma. Sei que continuaremos juntos “hasta la vitória”, isto é, para sempre, pois a construção de um Brasil melhor é tarefa sempre renovada.

Começo dando a todos “PARABÉNS”, assim em maiúscula, pelo trabalho de conscientização feito nestes últimos meses. É um trabalho de fôlego, cujos resultados estão estampados nos jornais do mundo inteiro: Marina, tu és a grande vitoriosa desta eleição! O projeto que tão bem representas não pode mais ser ignorado por qualquer um/a que venha a governar nosso país ou um de seus estados.

Nosso projeto de país implica numa mudança de visão e de forma de fazer, onde o processo é tão importante quanto os resultados. Se assim não fosse, poderíamos aceitar o governo de qualquer déspota esclarecido e não o queremos!

Tiriricas à parte, a análise da distribuição de votos no país mostra que o tempo do voto de cabresto está se acabando e mostra que o PV é menor que a proposta política que Marina representa - uma proposta que não contempla cabresto.

Os votos dados a Marina rompem com a lógica de direita e esquerda, mesmo se os projetos que Serra e Dilma representam não sejam propriamente dito de direita ou de esquerda, apesar da roupagem e do discurso.

Também, e sem jogo de palavras, o PV precisa crescer e amadurecer para abarcar esta proposta e ficar do tamanho que o Brasil precisa. O voto dos brasileiros deixou clara a necessidade de um PV melhor e maior.

Tomar a decisão de apoiar um ou outro candidato é assumir uma lógica que não é a do projeto que apresentamos, projeto apoiado por 20% da sociedade. Na minha visão, não podemos “negociar apoio” em troca da incorporação de fragmentos de programa ou mesmo de programa inteiro (o que, é claro, não irá acontecer...). Isto é contrário à “nova forma de fazer política” da qual falamos ao longo da campanha e mesmo sem negociação sempre seria apresentado como tal.

Devemos manter a posição de que o eleitor marineiro deve assumir seu voto conforme o que considera “menos pior”, com coragem e com cobrança sobre o que será feito com ele.

Nosso maior trabalho começa agora. É o trabalho de gerenciar a confiança depositada em nosso projeto de país e fazê-la crescer de modo sustentável. Devemos trabalhar a consciência cidadã e ... a nossa proposta de governo para 2014!

E não devemos parar até o momento que eu sei virá, onde, em nome deste projeto, Marina for presidente!

Um beijo no coração,

*Muriel Saragoussi é socioambientalista

Para amadurecer e consolidar o projeto político de Marina Silva

por Liliana Peixinho*

Muito sensata, lúcida e firme a contribuição de Adriana Ramos. Também penso, como eleitora, jornalista, ativista politicambiental, que a discussão não é a transferencia/indicação/negociação de votos, e sim amadurecer/consolidar um projeto politico que resgatou valores, patrimonio ético, perdidos/diluidos, no imediatismo eleitoral partidário/coligado.

Pendo que o que pode descredibilizar o PV junto a eleitores declarados de Marina e não do partido, é ver que ainda, depois de 25 anos, os acordos/alianças históricas, que sempre foram realizados na Bahia, por exemplo, em nada amadureceu o partido, em nada o projetou para a participação social de perfis diversos, como acontece agora.

As práticas políticas do PV afastaram pessoas, coletivos sociais, núcleos vivos da sociedade que agora Marina recupera, conquista, chama. Cansamos da falta de identidade, de espaço, de representação,de acolhimento para a construção coletiva diversa e profunda que só Marina conseguiu movilizar/ encantar nesse rumo, digamos da utopia politica..

Incrível é que depois de anos e anos de espera, muito trabalho e resistencia chega o momento de cristalizar uma via politica séria, na figura de Marina, gerando sentimento de confiança, compromisso histórico com uma pauta politica transversal, com resgate de valores perdidos, nos vemos, de novo, cara a cara, dentro do próprio capital político apurado, práticas políticas que estamos a discurdar, combater.

Como confiar, fazer alianças, agregar propostas de uma campanha à outra, se projeto/propostas politicas foram apresentados, pelas outras campanhas, verticamente à sociedade, em suas formas diversas? Sem a clareza necessária para se mobilizar pontos da agenda politica discutidos em comum, consolidada, horizontalmente, pós rompimento de Marina com o PT, com coragem,ética e elegancia que lhe é peculiar é difícil imaginas que não possamos avançar no projeto de de nada tem de imediato?

Depois de muito tentar e não conseguir, de romper com um partido que não entendia, não contemplava, não compartilhava, não endossava, não convergia com esse olhar, Marina vem fortalecer o PV, pelos valores conceituais simbolizados pela sigla. Estamos correndo agora, o risco, em pauta na midia, de retrocedermos do sonho do projeto politico mais ousado que o Basil está tendo, de participar da possibilidade de enterrar o ranço sujo da velha politica fisiologista, oportunista, imediatista e irresponsável da prática do toma lá da cá. É muita falta de senso coletivo.

As alianças político-partidárias tradicionais obdedecem práticas pontuadas no loteamento de cargos. Nunca tiveram a cara cidadã, consciente que Marina representou ao buscar alianças com a sociedade, onde o PV tem sua representação política, até matematicamente inferior ao salto do que a pessoa Marina agregou e as análises estão sendo feitas; O projeto é ambicioso, sério, resultado de muito sofrmento, resistencia, e por isso tem alcance, metas, a longo prazo.

Parte desse núcleo vivo que escolheu Marina como canal de representação, não quer, de forma alguma, de novo, conviver com a dicotomia histórica, cínica e vergonhosa, existente entre o discurso e a prática. Quando a mulher, Marina usa beterraba como batom simbólico da imagem femnina, e faz aliança com um vice que é presidente de uma grande empresa de cosmésticos interpreto isso como um grande salto civilizado, tolerante e inteligente, entre quem quer e entende bem sobre desenvolvimento, com preservação.

Nas diversas enquetes, pesquisas, entrevistas, rodas de diálogos, palestras e eventos que participamos como jornalistas, ativistas, pesquisadores academicos, gestores de Movimentos Independentes e livres,100% voluntários, totalmente descapítalizados porque nunca receberam um centavo do governo ou de empresas, e que mesmo tentam sobreviver, trabalhando duro, com ousadia e compromissos de sobra, a percepção que temos é de indignação com o tom autoritário, fisiologista, negociador, frio e descomprometido com a agenda que o Brasil precisa.

Uma agenda defendidida pela figura de Marina, como pessoa, como excelente militante da causa. Se ela teve que participar de um processo que exige um partido para representá-la esse foi o voto de crédito dado por quem a escolheu como uma terceira via. Esse capital politico embalado por movimentos conscientes, não pode, agora, ser desperdiçado com barganhas.

Se é partido A ou B é o que menos importa, do ponto de vista histórico para aqueles que escolheram Marina, e não o partido. Sem querer ser idólatra mas pensando na seriedade da confiança depositada em uma pessoa, poderiamos criar o Partido da Marina, PM porque o que está se discutindo aqui é o valor da candidata e não partido que ela representa.

Se o PV for inteligente, como precisa ser, deve pensar qual estratégia aplicar para deixar a chama acesa daqui por diante.

Sds harmoniosas

*Liliana Peixinho é Jornalista e ativista politicoambiental. Aluna de pós graduação em Jornalismo Cientifico e Tecnológico - FACOM, e aluna especial do Mestrado Cultura e Sociedade - UFBA, é Especialista em Midia e Meio Ambiente. Foi fundadora dos Movimentos Independentes e Livres AMA- Amigos do Meio Ambiente e da RAMA- Rede de Articulação e Mobilização em Comunicação Ambiental, criado há mais de 10 anos, com atuação de 100 voluntárias.
http://www.falandonalata.wordpress.com
http://www.envolverde.com.br

A Onda Verde: Reflexões para o Segundo Turno

por Adriana Ramos*

Marina Silva foi uma surpresa para os que apostavam no plebiscito. E uma opção para quem quis fugir dele.

Marina conquistou quase 20% do eleitorado nacional (19,636,331 votos). Muito mais do que os pouco menos de 3 milhões de votos que os candidatos a Deputado Federal do PV tiveram em todo o país. Cresceu, portanto, muito mais do que o próprio partido, que também sai desse processo fortalecido.

O que motivou a onda verde não foi só a pauta da sustentabilidade como muitos tendem a querer limitar. Marina mobilizou pela novidade, pela coerência, pela trajetória, pelas propostas. Pela ética e pela promessa de um novo jeito de fazer política mais do que por qualquer outra coisa.

Por isso, a contabilidade e o movimento que agora fazem PT e PSDB em busca de seu apoio podem não levar à conquista dos votos dados à Marina na reta final.

O projeto representado por Marina Silva requer muito mais do que negociação de cargos ou outras benesses. Requer compromisso com o Brasil e não apenas com a eleição.

Assim como Marina, defendo a realização de um amplo debate no PV e junto aos núcleos vivos da sociedade para decidir não quem vamos apoiar no segundo turno, mas sim como vamos dar continuidade ao nosso projeto de um novo país.

Se algum dos candidatos que disputam agora a vaga de presidente do Brasil quiser se comprometer com as propostas que apresentamos durante a campanha, todos só temos a ganhar.

Mas é fundamental que não menosprezem o que interessa aos eleitores que fizeram a onda verde.

Como muito bem disse nossa candidata: “A gente ganha ganhando quando vai até o fim coerente com os princípios, não distorcendo nem desvirtuando os fins dos meios. Os fins têm que ser compatíveis com os meios".

*Adriana Ramos é Jornalista e Socioambientalista, autora do blog O Mundo é uma festa, mas o gelo está acabando

MANIFESTO DE AMBIENTALISTAS E SOCIOAMBIENTALISTAS EM APOIO À CANDIDATURA DE MARINA SILVA


O mundo vive de forma cada vez mais aguda as consequências da insustentabilidade dos atuais padrões de produção e consumo. Vivemos não uma, mas duas crises – a econômico-financeira e a socioambiental – e a busca de uma resposta simultânea a elas é um dos grandes desafios da atualidade, principalmente quando se anseia por bases éticas em seu mais amplo sentido.

O Brasil, um país rico em recursos naturais e em diversidade cultural, experimentou nos últimos anos um processo de significativa estabilidade econômica, o que lhe dá todas as condições de superar esse desafio, encontrando um caminho que reafirme o desenvolvimento, mas de um modo justo e sustentável.

Trazer a agenda socioambiental para a centralidade da economia, da política e da cultura do país é um imperativo para fazer do Brasil uma liderança global do século XXI, centrado em novos valores e premissas: a valorização de seu potencial econômico, de seu patrimônio ambiental e de sua diversidade sociocultural.

Esse sentido de urgência dá às eleições presidenciais de 2010 um caráter de oportunidade histórica que não podemos rejeitar: o de construir e disseminar propostas concretas que possam orientar, de maneira constitutiva, alternativas sustentáveis para o futuro do país.

Sustentabilidade se traduz não apenas nas questões ambientais, mas na garantia de melhores condições de vida para a população, com aprimoramento das políticas de saúde, educação e inclusão social. É fundamental priorizar a qualidade do ensino, incorporar aos programas de distribuição de renda processos de formação, acesso à ciência e à tecnologia e ao crédito que viabilizem a autonomia dos cidadãos, além de garantir condições sanitárias, de moradia e transporte adequadas e saudáveis à toda a população.

O Brasil está maduro para assumir os desafios da sustentabilidade em todas as suas dimensões. Está pronto para assumir o seu lugar num mundo em evolução.

Reconhecemos em Marina Silva a força mobilizadora para dar ao país um rumo adequado ao século XXI e declaramos aqui publicamente nosso apoio à sua eleição para Presidente da República.

Trata-se de uma oportunidade estratégica para o país
e não podemos perdê-la.

MARINA PRESIDENTE – JÁ!

Abissinia Monteiro GO, Achiles Junior SP, Adalberto (Beto) Veríssimo PA, Adeilson Lopes da Silva MG, Adolpho Fuíca DF, Adriana Ramos DF, Adriana Scholl PR, Adriano Rogério Toledo DF, Adriano Wild PR, Adson Ferreira PE, Alberto Goes de Araujo BA, Alberto Teixeira da Silva PA, Alcides Nicolau de Oliveira PR, Alda Miller RS, Alen Sampaio Peixinho Reis BA, Alessandro Menezes MS, Alexandre Goulart DF, Alexandre Prado DF, Aline Camila Caetano SP, Ana Clarissa Cavalcante AM, Ana Luiza Barreto Martinez BA, Ana Márcia Espírito Santo RJ, Ana Maria Brandt PA, Ana Maria França Brito RJ, Ana Simas RJ, Analuce Freitas DF, Anamaria Valiengo Löwenthal SP, Anand Sampurno MA, Ananda Orlando BA, Anderson Izzi SC, André Fernando AM, Andre Lima DF, André Moura DF, André Panizzi DF, André Tavares DF, Andréa Bossi SP, Andrea dos Santos Figuerêdo MA, Andrea Rabinovici SP, Andrea Zenobio Gunneng MG, Ândria Guimarães de Azeredo RJ, Ane Alencar PA, Angélica Stefani SC, Angelina Dantas Faria RJ, Anne-Sophie Bertrand PR, Antenor Morais SP, Antonio Cabrera Tupã PR, Antonio Jardim Borges RJ, Antônio Libório Philomena RS, Antonio Padilha SP, Arminda Jardim SP, Arthur Rafael de Salve Agostinho SP, Aspasia Camargo RJ, Augusto Carneiro RS, Augusto Jose Capeletto SP, Bello Monteiro SP, Benki Piyãko Ashaninka AC, Beto Francine SP, Betsey Whitaker Neal DF, Bruna Dell'Agnolo SP, Bruno Szuchmacher RJ, Bruno Marianno de Oliveira SP, Bruno Pagnoccheschi DF, Bruno Reis DF, Bruno Weis SP, Camila Oliveira Argueiro BA, Camila Righetto Cassano SP, Camila Silva de Lima PE, Carlos Artur Paulon RJ, Carlos Durigan AM, Carlos Eduardo de Faria Ronca SP, Carlos Eduardo Sander RS, Carlos Henrique Guimarães SP, Carlos Henrique Rodrigues Alves RJ, Carlos Marx Alves SP, Carlos Miller AM, Carlos Rittl DF, Carmen Chagas RJ, Carol Campos MG, Carol Palma SP, Cecília Gonçalves CE, Célia Peron AM, Celso Sánchez RJ, Cibele Munhoz PR, Cícero Franco SC, Cilulia Maury DF, Cláudia Glória MG, Cláudio de Souza Alves DF, Claudio Pádua DF, Clenilson Batista (Grupo Capú) AC, Clodoaldo Gazetta SP, Creusa Soares PI, Cristiane Fontes DF, Dafran Gomes Macário SP, Daiani Mistieri SP, Dal Marcondes SP, Dalva Miranda AP, Daniel dos Santos Caixão RJ, Daniel Porciuncula Prado RS, Danilo Pereira da Rocha BA, David Avelino BA, David dos Santos Miguel SP, Déborah Goldemberg SP, Dedivaldo Nascimento Júnior RS, Denis Barros de Carvalho PI, Didier Lantiat BA, Diego Fidalgo SP, Dilson Peixoto Cabral PR, Diogo Jorge MG, Dionatan Doglas de Souza GO, Dionisio Carvalho Neto PI, Dorí RJ, Edna Azevedo RS, Ednaldo AL, Edson de Almeida e Franzen PR, Edson Luis Bonadiman RJ, Eduardo Antônio Ribas Amaral SC, Eduardo da Silva Santos AL, Eduardo Odassi Baroni SP, Elane Guimarães Ramos AM, Elara Leite PB, Elbano Paschoal Figueiredo Moraes BA, Elci Camargo SP, Elenise Sipinski PR, Eliane Fernandes Ferreira MG, Élisson Damasceno CE, Elizete Abgail dos Santos PR, Elmo Soraggi MG, Emílio Tapioca BA, Enrique Svirsky SP, Erick Abenbahen RJ, Erika Bechara SP, Ernane Alves Guimarães Filho RJ, Eugenio Scannavino Netto PA, Eunice Rubim de Moura RJ, Evandro Teixeira da Silva DF, Evandro Vieira Ouriques RJ, Fabiano Carnevale RJ, Fabiano Prado Barretto BA, Fábio Luciano Pincinato SP, Fabio Ramos RJ, Fani Mamede DF, Fátima Pereira PE, Felipe de Sousa Lourenço AM, Felipe Faillace Salazar RJ, Felipe Marcel Bari RJ, Fernanda Rodrigues Machado Farias CE, Fernando Nicolau S. dos S. Costa RJ, Fidelis Paixão PA, Filipe Eduardo da Cruz Medeiros SP, Flavia Castellar BA, Flavia Marcon Arantes SP, Flávio Montiel DF, Francine Baumbach Mattos RS, Francisco da Silva Santos BA, Francisco Disney PR, Francisco Eduardo Bastos Batista PI, Francisco Eudes Silva de Lima AC, Francisco Machado MG, Gabriel Schmitt SC, Gabriela Barbosa Batista CE, Gabriela Juns AM, Gabriela Laura Schaffer DF, Geovana Cartaxo CE, Gil Edgar RO, Gilson Batista Ferreira BA, Gisela S. de Alencar Hathaway DF, Gislaine Disconzi DF, Giuliana Ortega SP, Glaucia Luiz SP, Gracielle Karlla Borges GO, Guilherme Barbosa SP, Guilherme Pereira de Salles SP, Gustavo Melo RJ, Gustavo Tosello Pinheiro DF, Gutenberg Berbert de Castro BA, Heitor Souza Miranda SP, Helena Maria Maltez DF, Heloisa Pacheco-Ferreira RJ, Henyo Trindade Barretto Filho DF, Herminia Sander SP, Hosana Gomes AM, Iara Vasco Ferreira SC, Ilza Florencio Ribeiro SP, Iraci Selanir dos Santos RS, Irmão Cícero SP, Isabella F. B. Ferreira DF, Iuka Ricci Adami PR, Ivan Marcelo RJ, Ivaneide Bandeira RO, Ivophrancis MG, Ivy Wiens SP, Jackson Eduardo Portz SC, Jacqueline Guerreiro RJ, Jaime Elissegaray SUÉCIA, Jaime Nogueira Mendes Júnior SP, Jair Batista de Couto SP, Jamil El Hodali RS, Janete Oliveira BA, Joani Justino Felix SC, João Damasio da Silva Neto GO, João Luiz de Carvalho Mattoso SP, Joao Medeiros SC, João Pedro Sampaio Costa DF, Joaquim Maia Neto DF, Johannes Martinus Henricus Hermans SP, Jorge Rabello Mendes BA, Jose Adelio Correa SP, Jose Carlos Guilherme Santos BA, José Maria Carvalho da Rocha TO, José Truda Palazzo Jr. RS, Jose Venancio Coitinho RJ, Josenita Souza de Farias BA, Josiel Mendes SP, Juarez Marques Lopes RJ, Julia Reisser RS, Juliana Russar SP, Julio Wandam RS, Jurandir Craveiro SP, Karen Regina Suassuna DF, Karina Miotto PA, Katia Monteiro BA, Katia Mulik PR, Kelly Aline Pinho RS, Kellyn Vieira SC, Kleber Fleming SP, Lair Soares Corrêa RS, Laís ES, Lais Sonkin RJ, Larissa Barbosa da Costa MG, Laurent Micol MT, Lazara Maria Gomes Gazzetta SP, Leana Mattei BA, Leila Soraya Menezes SP, Leni Bueno GO, Leonardo Evangelista Moraes BA, Leonardo Vasconcelos RO, Leonel Graça Generoso Pereira RN, Leticia D'Elia SP, Lidia Parente Bucar DF, Lidiane Ramos DF, Liliana Sampaio de Almeida Peixinho BA, Liliane de Jesus PB, Lilite Cintra BA, Lino Matheus de Sá Pereira MG, Lisiane Ornelas BA, Lorene Carvalho BA, Louise Verde DF, Lourença B. de Andrade PR, Luan Gomes dos Santos de Oliveira RN, Lucia Cristina Luz Jurado SP, Lucia Dantas RJ, Luciana Conde ES, Luciana Cruz da Silva SP, Luciana Mello Ribeiro PR, Luciana Montenegro Valente AM, Luciane Brock RS, Luciano Cerqueira RJ, Luciano Delmondes Alencar SP, Lucila Pinsard Vianna SP, Lucilene Rodrigues AL, Luis Felipe Cesar RJ, Manuela Torres Tambellini BA, Mara Moscoso DF, Marcel Taminato DF, Marcela Monteiro Nogueira AC, Marcelo Araujo BA, Marcelo Caó de Barros RJ, Marcelo Carvalho Saes SP, Marcelo Linhares Rocha MG, Marcelo Marquesini AM, Marcelo Oliveira DF, Marcelo Rafael Petry RS, Márcia Andrade RJ, Marcia Hirota SP, Márcia Marques RJ, Marcia Pimenta RJ, Marcia Stefani SC, Marcilia Yoshinaga SP, Marcio Antonio de Almeida SP, Marco Antonio Barbuio SP, Marco Antonio de Carvalho SP, Marco Antonio Gonçalves DF, Marco Borges DF, Marcos Castilho RJ, Marcos Rezende de Oliveira SP, Margarida Caetano PORTUGAL, Maria Beatriz Louvison SP, Maria Beatriz Maury DF, Maria Celeste Costa de Jesus PA, Maria Chagas Cancellier SP, Maria da Graça Rennó de Oliveira Suleiman SP, Maria da Graça Teodoro Schmitt SC, Maria Dalce Ricas MG, Maria das Graças C. Carvalho RJ, Maria de Lourdes Maltez Nora BA, Maria de Lourdes Pinheiro Simões SP, Maria do Carmo R.F. Sacco DF, Maria do Socorro Mendonça BA, Maria Emilia Nascimento RJ, Maria Galleno SP, Maria José Zeferino Vieira MG, Maria Luiza Mesquita da Silva Braga CE, Maria Nilzete Dias DF, Maria Rosa Goes Oliveira BA, Maria Silena de Farias Franca AC, Mariana Campitelli Simas RJ, Mariana Matos de Santana DF, Marilene dos Santos Veiga PR, Mario Mantovani SP, Marisa Brito AP, Maristela Bernardo DF, Marta de Almeida Prado Cury SP, Martin Wilhelm Kuhne MG, Marussia Whately SP, Mary Berbert de Castro BA, Maurício Mercadante DF, Mauricio Teixeira RJ, Maurinho Freitas SP, Mauro Cesar Mayer PR, Mauro Figueiredo SC, Mauro Soares Pereira GO, May Waddington PI, Maycon Abrantes RJ, Mayla Yara Porto SP, Mayta Fernandes Santos SP, Miguel Antonio Brandt Cruz AM, Miguel Emílio Vieira MG, Miguel Scarcello AC, Miranda de Villela SP, Miriam Prochnow SC, Mirian A. S. Serrano MT, Moacir Bueno Arruda DF, Moacyr Brasil RJ, Muriel Saragoussi DF, Natalício Casado AL, Nathália Guedes Mangeon SP, Neci Stefani SC, Nelcio Lindner SC, Neyde De Martino Casado PR, Nicky Kazuto Mejia Hamada MG, Nilza Martins Santos MT, Ninon Machado RJ, Núbia Senna SP, Nurit Bensusan DF, O. Quiquinato SP, Octavio Fernandes da Silveira RJ, Omar Rocha PE, Oscar Penteado SP, Osmar Borges Filho PA, Pastor Isac Juciel França ES, Pastor Sergio Clemes ES, Patricia Andrade Machado SP, Patricia C Nottingham DF, Paula Berbert de Castro Souza BA, Paula Bernasconi MT, Paulo Emilio P. Nascimento BA, Paulo Gabeto DF, Paulo Junqueira SP, Paulo Klem RJ, Paulo Roberto dos Santos Garcias RS, Paulo Sergio de Araujo RJ, Paulo Sergio Ferreira Costa MG, Pedro Aranha RJ, Pedro Ivo Batista DF, Pedro Otávio da Costa Nunes (Pedro Costa) DF, Pedro Pongelupe SP, Pilar Cunha SP, Priscila Suscke BA, Professor Dinho da Silva AC, Rachel Biderman SP, Rafael Benetti SP, Rafael Dalpiaz MS, Rafael Lira SP, Rafael Sezerban PR, Raiana Ferreira AM, Ralf Riedel MS, Raquel Flores dos Santos SP, Raul Mazzei RJ, Raymundo Rocha Loures PR, Regina Carquejo RJ, Rejane Busch SP, Renata Hegner DF, Renata Monteiro RJ, Renato Cunha BA, Renato de Mei Romero SP, Renato Felisoni Jr. SP, Resende SP, Ricardo Levi SC, Ricardo Machado RJ, Ricardo Maurício Guérin Reis SP, Ricardo Young Silva SP, Richard Parker Rocha Sousa SP, Rita Mesquita AM, Roberta Ramone SP, Robson Thiago Zanandréa SC, Rodrigo Acioli CE, Rodrigo Borges de Faveri RS, Rodrigo do Prado SP, Rodrigo Junqueira MT, Rodrigo Ornelas BA, Rodrigo Pires da Silva SP, Rogério Menezes SP, Rogerio Portanova SC, Rogerio Rocco RJ, Romero Câmara PE, Ronald S. Aitken BA, Ronaldo Vitoriano Bastos AM, Ronaldo Weigand Jr DF, Rones de Oliveira Veloso RJ, Ronnie Cássio Coelho Silva MA, Rosangela Dias Cruzato Berg SP, Rosangela Falato SP, Rosely Nakagawa SP, Rubens Gomes AM, Rui Barbosa da Rocha BA, Rui Stefani SC, Ruth Viotti Saldanha RJ, Ruth Zenebre SP, Sabrina Dinorá Santos do Amaral RS, Sabrina Mac Fadden SP, Sabrina Parente BA, Sâmia Amorim de Vasconcelos AM, Sandra Regina Gomes GO, Sandra T. Faillace RJ, Sérgio Guimarães MT, Sérgio Luís Boeira SC, Sidney Aparecido Oliveira de Paula MS, Silvana de Andrade PR, Silvana Macedo PA, Silvia Helena Rodrigues PA, Silvio Cardoso Nora BA, Simone Pazelo PR, Socorro Fernandes PB, Sônia Peixoto RJ, Suelen Cardoso PE, Suzana Pádua DF, Sylvio Rodrigues da Silva RJ, Tami Albuquerque Ballabio PR, Tania Mara Moraes SP, Tania Veiga Judar SP, Tatiana Rehder DF, Tatiana Slujalkovsky BA, Tatiane Talita do Couto Mangelo DF, Telma Souza DF, Teresa Cristina Moreira PA, Tereza Andrade RJ, Tereza Cristina Maury DF, Tetê Duche RJ, Thais Paulino SP, Thereza Martha Presotti Guimaraes MT, Thiago Alexandre Moraes SP, Thiago Arruda Campos MG, Thiago Silva de Souza Nunes AM, Tiago Juruá AC, Toinho Caju PI, Tony Gross DF, Tulio Kengi Malaspina SP, Ubiracy Araújo DF, Urbano Schmitt Júnior SC, Valdiney Santana SP, Valdir Filgueiras Pessoa DF, Valdir Francisco Veronese BA, Valéria Trindade Camargo Janny SP, Vânia Lopes Pereira PR, Vania Sampaio Monteiro DF, Vânia Stolze RJ, Vanja Ferreira RJ, Vera Lucia Flores RO, Vera Lúcia Oliveira de L CE, Veronica Neves SP, Viviane Monteiro Cerqueira SP, Wagner Chaves MG, Washington Barbosa Martins BA, Washington Luiz de Souza Valle DF, Wigold Schaffer DF, Wilma Cavalieri MG, Wilma Souto RJ, Wilson Cruvello RJ, Wilson dos Reis SP, Wladimir Alberti Pascoal de Lima Damasceno RN, Yara Bongiovanni SP, Yoshiharu Saito RJ, Zanandrea Bastos de Souza SP