A senadora Marina Silva (PV-AC) fez hoje (16/12) seu discurso de despedida do Senado Federal. Ela foi eleita para dois mandatos consecutivos, em 1994 e em 2002. A parlamentar relembrou seu primeiro pronunciamento no Senado, há 16 anos. “Peço a Deus que nos dê sabedoria e humildade para que possamos desenvolver nosso trabalho. Nosso povo deposita esperança neste Senado, esperam vê-lo renovado, ativo, procurando respostas concretas para os problemas que vivenciam. Venho de uma região, posso até dizer, desconhecida e distante, venho de um Estado pequeno, onde conheci a pobreza, a fome, o desemprego, mas cujo povo tem coragem para lutar por seus sonhos”.
Sobre os sonhos atuais Marina disse que, a priori, não vai ficar no lugar de candidata para 2014. “Quero fazer parte de um processo como parte do processo. Quero lutar por um Brasil que seja economicamente próspero e socialmente justo, ambientalmente sustentável e culturalmente diverso. Quero voltar à sociedade como ativista, como professora, não só na questão partidária, mas como mantenedora de utopias”, afirmou.
Marina disse ser uma das responsáveis pelas metas de redução de desmatamento apresentadas pelo Brasil nas cúpulas de Copenhague e de Cancún. Ela afirmou também que “a questão da sustentabilidade ambiental é a utopia desse século e nenhum partido foi capaz de perceber isso, inclusive o PT”.
Em relação a sua candidatura à Presidência da República, a senadora lembrou que assumiu como um desafio, que o Brasil deve ser o País da economia de baixo carbono, da educação que gera oportunidade para todos, da igualdade de oportunidade para todos, livre das desigualdades sociais, que aposta na inclusão produtiva e um exemplo de prosperidade e sustentabilidade ambiental. “Foi com esse compromisso que fomos conversar com os eleitores brasileiros”. Victor Hugo disse uma vez: “Nada é mais potente do que uma ideia cujo tempo chegou”. Mas isso não foi uma pessoa, não fui eu, não foi Guilherme (Leal, seu candidato a vice), não foi o PV, mas é fruto da força da ideia cujo tempo chegou e falou alto para o Brasil”, explicou.
Segundo Marina, as 20 milhões de pessoas que acreditaram nessa ideia decidiram que a economia que se encontra com a ecologia pode produzir riquezas, pode aumentar a produção por ganho de produtividade, pode gerar energia, pode usar o alto carbono para produzir o baixo carbono. “Nós podemos usar os recursos do pré-sal para poder fazer a economia de baixo carbono. Para isso é preciso ter visão estratégica. Para isso é preciso a visão, criar o processo e as novas estruturas para esse mundo em crise, que pode ter na sua crise a grande oportunidade da transformação desse início de século”, acrescentou.
A senadora falou também sobre a opção de independência do seu partido no segundo turno das eleições presidenciais, o que não teve significado de neutralidade. Desejou novamente boa sorte à primeira Presidente eleita mulher, Dilma Rousseff, pedindo que o governo não olhe só para o excesso do que foi feito. “O que foi bem feito mantenha, o que foi errado corrija, mas olhe para o que está faltando e encare.”, finalizou
Veja o discurso de Marina Silva na íntegra: http://migre.me/2ZCMq
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